segunda-feira, 30 de julho de 2018

FAMÍLIA GLAZER: A MEDIOCRIDADE TAMBÉM É LUCRATIVA

Postado Por: with Sem Comentarios

Após a saída de Sir Alex Ferguson a diretoria vem gastando bastante há quatro anos, mas quase sempre de forma equivocada. Ed Woodward, vice-presidente executivo, é um gênio atraindo e negociando contratos comerciais e potencializou enormemente as receitas do clube através de parcerias bastante lucrativas com marcas multinacionais famosas. Porém, deixa a desejar quando tenta tomar as rédeas do mercado com base em sua própria vontade.
Depois de perder tempo e energia em várias janelas seguidas tentando levar Gareth Bale de volta à Premier League e ouvir sempre um "não" como resposta, parece que dessa vez ele chutou o balde e resolveu abdicar de comprar os outros jogadores que o time necessita, na esperança de finalmente ouvir o "sim" de Bale e ter orçamento suficiente para pagar o que o Real Madrid quiser pelo galês. Ou talvez ele simplesmente ache que o elenco é muito bom e não precisa de ajustes.
Parecendo mais preocupado em fazer contratações bombásticas que vendem um número absurdo de camisas, o CEO do clube ignora as várias lacunas do plantel e abre mão de ter um time realmente forte para contar com atletas que não renderão seu máximo estando cercados por companheiros como Valencia, Young, Jones e Shaw. Nessa época é comum ler muito sobre as supostas escolhas do treinador, que é quem determina (ou pelo menos devia determinar) as peças que têm que sair e as que precisam chegar. Cada torcedor opta por acreditar na informação que mais lhe convence, mas o fato é que ninguém pode garantir que ela seja verdadeira a não ser o próprio técnico.
"Me ensina como agir no mercado, por favor, lenda"
Perguntado duas vezes sobre o mercado nos últimos dias, José Mourinho foi claro nas respostas: "Não faço ideia se chegará mais alguém", disse a um repórter que lhe indagou se esperava mais algum novo jogador. "Uma coisa é o que eu quero, outra coisa é o que vai acontecer", replicou a outro jornalista que lhe questionou se o clube estava atendendo aos seus pedidos. Uma coisa é certa: parece incoerente que um gerente passe uma temporada inteira insatisfeito com a mentalidade de determinados atletas e, do nada, tome a decisão de dar-lhes mais uma chance no ano seguinte. Conhecendo os muitos defeitos do português, podemos dizer que incoerência não é um deles.
As palavras de Mourinho foram contundentes e escancararam a decepção dele com o mercado que o clube faz até o momento. A janela fechará em apenas alguns dias e o United sequer tem um time titular digno de sua grandeza.Acabou o dinheiro no clube mais rico do mundo? Ou trata-se somente da postura dos donos, que estão satisfeitíssimos em apenas garantir vaga na lucrativa Champions? Por que investir em jogadores de todas as posições que o elenco precisa se com esse plantel medíocre o treinador consegue (mesmo que aos trancos e barrancos) alcançar o objetivo de se classificar para o maior torneio continental e manter a importante receita da UEFA?
Desde 2005, quando adquiriram o clube, os Glazer têm sido uma pedra no sapato do United. Contudo, esse ano eles resolveram sair do sapato e se transformaram num muro que impede o sonhado retorno do clube ao protagonismo. Esses argumentos não são para defender o técnico, longe disso. José merece e recebe todas as críticas possíveis pela irregularidade e futebol ruim que o time joga. O objetivo desse texto é apontar os verdadeiros responsáveis pela mediocridade em que o United se encontra atualmente. A ambição da família Glazer não é de taças mas sim de dinheiro, e o United é tão grande que não precisa de títulos para ser uma fonte de capital inesgotável. Infelizmente para nós.
JohnatasChaves
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